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By Ferramentas Blog

sexta-feira, agosto 09, 2019

AREMBEPE

























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Para entender um pouco mais do Arembepe, o grupo foi formado a partir dos então jovens compositores Chico Evangelista e Carlos Lima, reunindo músicos de estilos distintos, mas que tinham em comum as influências das sonoridades que circulavam pelas ruas de Salvador nos anos 1970: das músicas das festas de largo e dos candomblés até a Jovem Guarda, passando pelos sambas de roda e orquestras. “Cada um tinha uma maneira de se vestir, a gente era muito estapafúrdio, cada um naquele auge do momento hippie”, conta Dinho Nascimento, que hoje vive em São Paulo, onde rege a Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene. O momento hippie citado por ele explica também o nome da banda, o mesmo da famosa comunidade em Camaçari. Capa do compacto da Odeon com os músicos Arembepe .
“Minha influência era muito da Jovem Guarda, eu curtia muito Beatles, Roberto Carlos, Os Vips. Que em Salvador só chegavam versões, por exemplo, de Beatles, através de Renato e Seus Blue Caps. E eu tocava em banda de baile também. Ouvia muito o Moreira da Silva e o Nat King Cole, e umas coisas inusitadas como Nelson Gonçalves, Teixeirinha”, conta Kiko. “Eu sou o dodói do suingue, não vivo sem ele. Sem balanço não é a minha”, fala, abrindo um largo sorriso, Chico, que agora vive em Salvador, onde após o Arembepe seguiu carreira solo lançando com Jorge Alfredo um disco pioneiro do reggae brasileiro, “Bahia Jamaica” (1979). “Eu sempre fui envolvido com cultura popular, minha mãe gostava muito de cantar samba de roda. E quando saía na rua via a capoeira, via os terreiros religiosos, igreja católica... É muito interessante isso no Arembepe, a gente sondava tudo isso, porque ao mesmo tempo que você estava passando e ouvia os sinos e procissões, você olhava no bairro em que nascia e tinha os toques dos tambores. E isso era muito vivo na Bahia, então isso virou música, virou cultura pra mim. Em 70 eu já participava de algumas ações das festas de largo, onde você passava a noite cantando. E via os meninos Chico e Lima nos festivais estudantis, o Kiko via na rua, cada um já fazia sua história. Vínhamos cada um de um bairro, isso é importante de falar, mas a gente sempre se encontrava porque Salvador era bem efervescente na rua”, conta Dinho. “O Arembepe são essas personalidades quatro, uma diferente da outra”, resume Lima, que vive hoje na capital baiana, onde nos últimos anos trabalhou compondo para outros artistas. Foi esse quarteto complementar que, após alguns shows de sucesso em Salvador e Fortaleza, decidiu tentar a sorte no Rio -- passagens compradas por um fã da banda, contatos no bolso. “No sudeste a gente se tornou mais baiano”..
 Mas a partir daí o Chico Evangelista foi um pioneiro do reggae mesmo com o disco ‘Bahia-Jamaica’,com Jorge Alfredo e Chico Evangelista. Então eles levaram a essência deles pra outros lugares. O Dinho também tem um trabalho muito bom na Orquestra de Berimbaus. Eles levaram o trabalho deles pra outros cantos”, comenta Caio. "O Arembepe é precursor de diversas coisas, mas não no sentido de 'inventei, isso é meu', e sim no sentido de 'isso é o que a gente faz na nossa terra há milianos', uma certa simplicidade mesmo. O lance de percussão, os caras sempre fizeram isso. Amplificar berimbau, são coisas que ninguém fazia. Então eles têm essa coisa visceral, tenho certeza que influenciaram indiretamente uma galera".
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https://www.redbull.com/br-pt/grupo-baiano-da-decada-de-70-arembepe-se-reune-apos-mais-de-30-anos

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