-------------------------------------------------------------------------------------------
Batizada Carolina André,a cantora de São Paulo,capital,Nina Girassóis, vem ganhando muito destaque na cena reggae.Assim como o mundo de uma forma geral, o mercado musical está em transformação. Porém, ainda há muito a caminhar quando o assunto é equidade de gênero. A voz das mulheres na música ecoa cada vez mais alto e reivindica cada vez mais seus direitos. Mas o segmento é um espelho desigual, como os demais segmentos do mercado de trabalho. Segundo a União Brasileira de Compositores (UBC), que divulgou no Dia Internacional da Mulher de 2021 a 4ª edição do relatório ‘Por Elas Que Fazem a Música’, o número de mulheres associadas cresceu 68% desde a primeira edição do estudo. No entanto, apenas 15% do quadro total de associados é formado por mulheres. O estudo constatou que, no último ano, em relação ao rendimento dos titulares, o valor recebido por mulheres na música representou apenas 9% do total. Em linhas gerais, a cada R$100 reais distribuídos, o valor destinado às artistas é de apenas R$9. É nesse ambiente em transformação, mas ainda absolutamente desigual para nós, que a cantora paulistana Nina Girassóis atua há alguns anos. Já conhecida no cenário independente/underground brasileiro – especificamente no reggae/cultura sound system, ela recentemente alçou voos internacionais em seu mais novo lançamento. “Botar uma música no mundo, sendo mulher, não é fácil” “Essa foi umas das primeiras canções em que botei voz. O ano era 2013, se não me engano, e quase uma década depois ela toma essa força imensa e cruza as fronteiras”, explica Nina sobre “Heavyweight Sound”, música lançada pelo selo francês Dubquake, um dos mais respeitados da música independente na Europa. A voz doce da cantora Nina Girassóis é conhecida na cultura sound system brasileira (inspirada nos sistemas de som jamaicanos). Uma das músicas mais conhecidas em sua voz é “Sangue Vermelho”, de 2017. A obra ganhou destaque entre colecionadores de vinil do Brasil e da Europa, tornando o disco raridade. Foi aí que ela começou a trilhar o caminho para alcançar o exterior com seu talento. “Botar uma música no mundo, sendo mulher, não é fácil”, ressalta Nina. “Somos sempre questionadas sobre nosso talento, sobre nossa capacidade, sobre até onde conseguimos chegar. Em outros casos, se nada disso ocorre – o que é raríssimo – sentimos a diferença no alcance das nossas obras. Seja de um jeito muito sutil ou muito aberto, sempre há algo atrelado ao gênero.” Mulheres na música: a gente pode estar onde quiser Mas Nina não se deixa intimidar. A cantora trilha seu caminho da forma que acredita e sabe que é capaz. Através dos anos cantando de forma livre em festas da noite paulistana, a artista foi escrevendo sua história. Lançou o single “Resound”, com o projeto Feminine Hi-Fi, em 2016, o vinil compacto “Sangue Vermelho”, em 2017. Além disso, subiu em dezenas de palcos de todos os tamanhos, encantando sempre o público com sua forma única de cantar. “Pra mim, é uma grande felicidade poder me expressar através da música. Eu olho para tantas mulheres que me inspiram, que me fazem pensar em seguir adiante e que me tocam com sua arte… E eu quero muito poder também tocar o coração de outras mulheres com a minha arte. Arte também é uma forma de luta, e continuaremos lutando”, finaliza Nina. ...
-----------------------------------
https://superela.com/mulheres-na-musica-conheca-a-cantora-nina-girassois/
-----------------------------------
DISCOGRAFIA
Singles, EPs | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Sangue Vermelho (7", Single) | Hard Drop | PMA003 | 2017 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Heavyweight Sound (7") | Dubquake Records | DBQK703 | 2021 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Kanka feat. Joseph Lalibela / Nina Girassóis - The Lion Is Real / Everywhere (12") | Dubalistik | DBK1215 | 2022 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário